Campus Party 2018 São Paulo

Feb 6, 2018 · 3 minute read · Comments
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Campus Party 2018 - São Paulo

Participei da edição 2018 da Campus Party São Paulo, este evento foi bem especial porque a edição passada não pude comparecer. Portanto esta edição teve um sabor bem especial. :)

Evento esvaziado

Fiquei com a impressão que esta edição estava mais vazia que as anteriores, não sei dizer quais a razões mas os comentários que ouvi do pessoal que frequentou as outras edições é que o evento está mudando sua direção, está focando mais em empreendedorismos e rede sociais. Não vejo isso exatamente como algo ruim, é uma opção (não que goste dela) mas uma evidência disso é o concurso de seleção das palestras. As propostas de palestra são aprovadas por votação, isso não é de todo ruim mas palestras com temas inovadores tendem a ficar de fora neste tipo de concurso de popularidade. As versões anteriores existia uma curadoria por temas específicos, assim permitindo palestras incríveis mas que não eram de temas conhecidos fossem vistas.

As propostas foram enviadas pelo sistema do Campusero na seção e curadoria. Se não tem mais curadoria, poderia remover ou alterar o processo de envio das propostas de palestras. Mas acho que a curadoria era um das coisas que motivavam os grupos a irem para a Campus Party e fazer várias coisas legais (ex: Hackathon).

A apresentação - DevOps Anti-Patterns

Há dois anos atrás fiz essa apresentação e agora foi uma boa hora para uma revisão com as coisas que dizem ser “DevOps” em 2018 mas se tiver um olhar mais profundamente veremos que falta alguma coisa. Ao final da apresentação um rapaz (desculpa, sou péssimo para guardar nomes) veio conversar sobre onde trabalha, a organização tem várias produtos (softwares) criados no modelo tradicional (waterfall) e estão criando um novo produto usando Scrum. Os líderes da organização estão com dificuldade para entender se a equipe está entregando valor e ele está tentando manter

No decorrer da conversa identificamos dois grandes entraves:

1 - O PO é o chefe também.

É muito difícil não misturar os papéis entre coordenar uma equipe e ser o Product Owner de um projeto, uma das coisas para fazer é ter outra pessoa no papel de PO.

2 - Muito tempo desenvolvendo sem feedback

O feedback aqui é dos potenciais clientes, um das coisas mais frustrantes para qualquer pessoa é investir muito tempo em alguma coisa e saber depois de muito tempo que aquilo não irá servir para muito coisa. O mesmo vale para uma organização, o produto não foi testado nos potenciais clientes então não tem como saber se o produto vai ter aceitação do mercado do jeito que está ou irá precisar de ajustes.

Enfim, ao final concluímos que uma ajuda externa (consultoria de Agile/Lean) poderia ajudar muito eles com exemplos de outras organizações, espero realmente que tenham sucesso. :)

A apresentação - Síndrome do Impostor

Alguns meses atrás o Somatório pediu uma ajuda para criar uma apresentação sobre Síndrome do Impostor para Campus Party. Ao longo dos últimos dois meses estudamos e criamos (na real, ele criou) esta apresentação e acho que o público gostou bastante do assunto. Parabéns ao Somatório por não ter desistido e nem engasgado na apresentação, ficou ótima. Os slides da apresentação estão aqui